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VÍDEOS/LETRAS/LYRICS
ALVORADA (2020)
Aconteceu
Coisas lindas
Tu estás em cima
E eu contrabaixo
Amanheceu acordei
Vi-te
Adormeceu sonhei
Triste
Estou na brincadeira coiso e tal
Tenho barbas brancas tipo Pai Natal
Estou na brincadeira coiso e tal
Tenho barbas brancas tipo Pai Natal
Amanheci acordei
Vi-te
Adormeci sonhei
Senti
Coisas lindas
Tu estás em cima
E eu contrabaixo
Tu estás em cima
Aconteceu
Coisas lindas
Tu estás em cima
E eu contrabaixo
Amanheceu acordei
Vi-te
Adormeceu sonhei
Triste
Estou na brincadeira coiso e tal
Tenho barbas brancas tipo Pai Natal
Estou na brincadeira coiso e tal
Tenho barbas brancas tipo Pai Natal
Amanheci acordei
Vi-te
Adormeci sonhei
Senti
Coisas lindas
Tu estás em cima
E eu contrabaixo
Tu estás em cima
DESFRUTA (2020)
A minha alma
Ficou pequena
Como banana
Casca morena
É vitamina
Mosca na fruta
É nectarina
Que empurra a luta
É mercado
Troca viva
Abençoado
É coisa tão fina
A sobremesa
Tem sabor bem tocado
Qual amora pequena
Me faz Mal-amado
Transtornado
Encarcerado
Dilacerado
Por fim
Triturado
Somos todos
tutti frutti
Somos todos
tutti frutti
A minha alma
Ficou pequena
Como banana
Casca morena
É vitamina
Mosca na fruta
É nectarina
Que empurra a luta
É mercado
Troca viva
Abençoado
É coisa tão fina
A sobremesa
Tem sabor bem tocado
Qual amora pequena
Me faz Mal-amado
Transtornado
Encarcerado
Dilacerado
Por fim
Triturado
Somos todos
tutti frutti
Somos todos
tutti frutti
AUTO-ESTIMA (2020)
De quando em quando tenho
Coisas pra dizer
De quando em quando tenho
Coisas pra fazer
Eu não sou capaz
do dito por não dito
Eu cá pra mim sou
Um rapaz bonito
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
De quando em quando tenho
Coisas pra dizer
De quando em quando tenho
Coisas pra fazer
Eu não sou capaz
do dito por não dito
Eu cá pra mim sou
Um rapaz bonito
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
(Dialogo 7: DE HEFESTOS E APOLO* - Do livro Dialogo dos Deuses de Luciano de Samósata)
HEFESTOS
Apolo, tu já viste o filho de Maia**, nascido há pouco? Como é belo, sorri para todos e já revela que há-de sair dali algo magnifico!
APOLO
Hefestos, um recém-nascido ou uma coisa magnífica, ele que é mais experiente do que Jápeto***, em artifícios?!
HEFESTOS
(Admirado) Mas que mal é que um recém-nascido poderia ter feito?
APOLO
Pergunta a Poseídon, de quem ele roubou o tridente, ou a Ares, a quem ele tirou, às escondidas, a espada da bainha,
isto para já não falar de mim, que ele desarmou do arco e das Flechas
HEFESTOS
(Espantado) Esse recém-nascido, que mal se aguenta em
pé nos seus cueiros, fez isso?!
APOLO
Já vais saber, Hefestos, basta ele aproximar-se de ti.
HEFESTOS
Mas ele já se aproximou.
APOLO
E então? Tens todas as tuas ferramentas e nenhuma delas se extraviou?
APOLO
Ora vê bem.
HEFESTOS
(Verificando novamente e ficando aflito, de repente) Por Zeus, não estou a ver as tenazes!
APOLO
Mas hás-de vê-las nos cueiros do miúdo.
HEFESTO
(Ainda incrédulo) Mas ele é assim tão ágil, como se tivesse exercitado a arte do roubo no ventre da mãe?
APOLO
De certeza que ainda não o viste a falar com desenvoltura e agilidade! E de resto, ele está preparado para acompanhar-nos. Ontem desafiou Eros e venceu-o imediatamente na palestra, ainda não sei como. Depois, enquanto recebia os elogios de Afrodite, que o abraçava pela vitória, roubou-lhe o cinto e também o cetro de Zeus, enquanto ele se ria! E se o raio não fosse tão pesado, nem tivesse tanto fogo, provavelmente tê-lo-ia igualmente roubado.
HEFESTOS
Por essas coisas que dizes, é uma criança terrível.
APOLO
E não fica por aí — também é músico.
*A divindade de quem se fala neste diálogo é Hermes, filho de Zeus e de Maia e senhor do comércio e do roubo. São muitos e variados os episódios em que Hermes revela os seus atributos, desde a infância.
**Hermes
** Titã, Filho de Urano e Gaia, o Céu e a Terra
De quando em quando tenho
Coisas pra dizer
De quando em quando tenho
Coisas pra fazer
Eu não sou capaz
do dito por não dito
Eu cá pra mim sou
Um rapaz bonito
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
De quando em quando tenho
Coisas pra dizer
De quando em quando tenho
Coisas pra fazer
Eu não sou capaz
do dito por não dito
Eu cá pra mim sou
Um rapaz bonito
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
Tão lindo
Tão simples
Tão lindo
Lindo de morrer
(Dialogo 7: DE HEFESTOS E APOLO* - Do livro Dialogo dos Deuses de Luciano de Samósata)
HEFESTOS
Apolo, tu já viste o filho de Maia**, nascido há pouco? Como é belo, sorri para todos e já revela que há-de sair dali algo magnifico!
APOLO
Hefestos, um recém-nascido ou uma coisa magnífica, ele que é mais experiente do que Jápeto***, em artifícios?!
HEFESTOS
(Admirado) Mas que mal é que um recém-nascido poderia ter feito?
APOLO
Pergunta a Poseídon, de quem ele roubou o tridente, ou a Ares, a quem ele tirou, às escondidas, a espada da bainha,
isto para já não falar de mim, que ele desarmou do arco e das Flechas
HEFESTOS
(Espantado) Esse recém-nascido, que mal se aguenta em
pé nos seus cueiros, fez isso?!
APOLO
Já vais saber, Hefestos, basta ele aproximar-se de ti.
HEFESTOS
Mas ele já se aproximou.
APOLO
E então? Tens todas as tuas ferramentas e nenhuma delas se extraviou?
APOLO
Ora vê bem.
HEFESTOS
(Verificando novamente e ficando aflito, de repente) Por Zeus, não estou a ver as tenazes!
APOLO
Mas hás-de vê-las nos cueiros do miúdo.
HEFESTO
(Ainda incrédulo) Mas ele é assim tão ágil, como se tivesse exercitado a arte do roubo no ventre da mãe?
APOLO
De certeza que ainda não o viste a falar com desenvoltura e agilidade! E de resto, ele está preparado para acompanhar-nos. Ontem desafiou Eros e venceu-o imediatamente na palestra, ainda não sei como. Depois, enquanto recebia os elogios de Afrodite, que o abraçava pela vitória, roubou-lhe o cinto e também o cetro de Zeus, enquanto ele se ria! E se o raio não fosse tão pesado, nem tivesse tanto fogo, provavelmente tê-lo-ia igualmente roubado.
HEFESTOS
Por essas coisas que dizes, é uma criança terrível.
APOLO
E não fica por aí — também é músico.
*A divindade de quem se fala neste diálogo é Hermes, filho de Zeus e de Maia e senhor do comércio e do roubo. São muitos e variados os episódios em que Hermes revela os seus atributos, desde a infância.
**Hermes
** Titã, Filho de Urano e Gaia, o Céu e a Terra
PASSARADA (2020)
Cuco
Esse pássaro maluco
Que nos embica
Que nos põe a acordar
Truco
É barulho esquisito
Próximo do bico
Na força de alambar
Alarico
É mesmo tão bonito
Cabeça bate bate
Sem desatinar
Cuco
Esse pássaro maluco
Que nos embica
Que nos põe a acordar
Truco
É barulho esquisito
Próximo do bico
Na força de alambar
Alarico
É mesmo tão bonito
Cabeça bate bate
Sem desatinar
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Esse pássaro maluco
Que nos embica
Que nos põe a acordar
Truco
É barulho esquisito
Próximo do bico
Na força de alambar
Alarico
É mesmo tão bonito
Cabeça bate bate
Sem desatinar
Cuco
Esse pássaro maluco
Que nos embica
Que nos põe a acordar
Truco
É barulho esquisito
Próximo do bico
Na força de alambar
Alarico
É mesmo tão bonito
Cabeça bate bate
Sem desatinar
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
Cuco
CONVIDE (2020)
Fico
Ao sol
Estico
O lençol
Lavo
A cara suja
Limpo
A carne dura
Sigo
No dia
Ligo
Monotonia
Vejo
Uma quimera
Desprezo
Aquela fera
Cuido
Do lar
Deliro
Abraçar
Largo
A tontura
Grito
Uma cura
Tá tudo louco
Tudo confuso
Só mais um pouco
Fica difuso
Caminho é estreito
Baita penoso
É dor aguda
Sair do lodo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Não, não, não
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Não, não, não
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair
Eu não consigo sair
Fico
Ao sol
Estico
O lençol
Lavo
A cara suja
Limpo
A carne dura
Sigo
No dia
Ligo
Monotonia
Vejo
Uma quimera
Desprezo
Aquela fera
Cuido
Do lar
Deliro
Abraçar
Largo
A tontura
Grito
Uma cura
Tá tudo louco
Tudo confuso
Só mais um pouco
Fica difuso
Caminho é estreito
Baita penoso
É dor aguda
Sair do lodo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Não, não, não
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Não, não, não
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair tenho medo
Eu não consigo sair
Eu não consigo sair
GT MONSTRO (2020)
Faz de mim gato e sapato
De rabo escondido
Animal de quatro patas
Com orgulho mais felino
Bem lavado e estupefacto
Coração bem aprumado
Rebolar é coisa chata
Sem a festa doce lado
Eu sei mais do que ninguém
Lamber o prato
Comer o resto
Por ti meu Amor
Eu estou
Domesticado
Faz de mim gato e sapato
Faz de mim
Faz de mim gato e sapato
Faz de mim
Eu sei mais do que ninguém
Lamber o prato
Comer o resto
Por ti meu Amor
Eu estou
Domesticado
Em tempos fui selvagem
Nunca antes preparado
Para uma louca viagem
Para animal tresmalhado
Estou agora mais além
Mais tranquilo mais suave
Mais feliz no cativeiro
Mais sensível no perfume
Nessa troca de cheiro
Roda viva quase dança
Sem o par ideal
Tanta coisa na lembrança
Qualquer uma é fatal
Na artimanha do cuidar
Há que açambarcar o Eu
Perder o medo
Ficar
E ser
Só teu
Faz de mim gato e sapato
De rabo escondido
Animal de quatro patas
Com orgulho mais felino
Bem lavado e estupefacto
Coração bem aprumado
Rebolar é coisa chata
Sem a festa doce lado
Eu sei mais do que ninguém
Lamber o prato
Comer o resto
Por ti meu Amor
Eu estou
Domesticado
Faz de mim gato e sapato
Faz de mim
Faz de mim gato e sapato
Faz de mim
Eu sei mais do que ninguém
Lamber o prato
Comer o resto
Por ti meu Amor
Eu estou
Domesticado
Em tempos fui selvagem
Nunca antes preparado
Para uma louca viagem
Para animal tresmalhado
Estou agora mais além
Mais tranquilo mais suave
Mais feliz no cativeiro
Mais sensível no perfume
Nessa troca de cheiro
Roda viva quase dança
Sem o par ideal
Tanta coisa na lembrança
Qualquer uma é fatal
Na artimanha do cuidar
Há que açambarcar o Eu
Perder o medo
Ficar
E ser
Só teu